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« Na primeira viagem à Grécia, Agustina Bessa Luís e o marido, Alberto Luís, são os companheiros de Sophia. Miguel Sousa Tavares lembra-se de a "ver partir da Granja no Volkswagen preto da Agustina."
(...)
" A minha mãe tinha uma grande admiração literária pela Agustina. Gostava do seu lado visionário". Foram amigas quase contra-natura, como espécies humanas distintas, e essa tensão atravessa o diário grego. Vinte dias juntas, de carro e de barco. Toda uma revelação do mundo por contraponto.
Em São Sebastian
« Sophia escreve "Homem que vendia alpercatas a nove escudos. Magro, alto, pálido, cansado, doente. Tem cara de fome. É o Cristo". A Agustina diz: "Coitado, é delicado. Não gosta de gabanços e deve ter uma paixão pela Lolobrigida. E riu. E riu."
Em Turim
«No museu egípcio de Turim, Sophia encanta-se com os maravilhosos papiros", mas não " com as horríveis múmias de pessoas e gatos.
De Milão, gosta da Catedral, sobretudo por dentro. Toma banho de mar em Rimini. Acha que visto de Tremoli o mar "tem um ar de pirataria" e sente-se "no fim do mundo". »
Em Atenas
« Na moderna cidade ateniense, detesta a fancaria, a "arquitectura aflitiva". Ao contrário de Itália, não vê continuidade entre presente e passado. É o que chamaríamos hoje de politicamente incorrecta: " em vez da obra dos gregos, vê- se a obra do comerciante turco e levantino, apressado, sórdido e sem amor, ganancioso.»
« Por vezes, fazem os três o mesmo, mas nem sempre.
Só Sophia toma banhos de mar e bebe vinho de resina. E quer ajudar as pessoas, como um jovem turista americano que precisa de boleia porque o "amor cristão é prático e concreto, como na parábola do samaritano." »
« Os turistas correm. Sophia quer ver. Sente que Agustina não precisa de ver o mundo porque espreita o mundo por uma frecha e imagina o resto; podia até escrever numa prisão. "A Arte para Agustina é um desejo de posse, e não uma busca de salvação, como para mim." »
Excerto de uma reportagem publicada no Suplemento P2, do Jornal Público, em 21/06/2009.
"Se me dói tanto que as coisas passem/é porque em mim cada instante foi vivo/na luta pelo bem definitivo/que as coisas de amor se eternizassem." [sophia]
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