Num tempo sem nome
Invocado pela memória
Ergue-se em pedra construída
A casa de uma vida.
Sob seu silêncio de fachada
Habita um instante, uma palavra
E em cada parede, cada chão
Ouve-se o pulsar do coração.
Nos pátios, ressoam gritos
De crianças a brincar
E é contínuo o barulho antigo
De portas a abrir e a fechar.
As paredes em si sustentam
O insustentável peso do passado
Que o tempo há muito tempo consumou
E a saudade nunca deu por consumado
[pintura de Gustav Klimt]
1 comentário:
Tanta saudade desses pátios e desses gritos! Minha infância dourada, parece que assitiste...Torre de Moldes, casa de sonho e de sonhos!
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