Até há um dia atrás julgava-me uma adepta incondicional dos filmes de Pedro Almodóvar.
Dilatei "Todo sobre mi madre", "Habla con Ella", "Flor de mi secreto" ou "Volver" pelas paredes do meu tempo, e com eles forrei o quadro mental de filmes predilectos.
"La piel que habito" acaba de transitar directamente para o lugar cimeiro das minhas decepções semanais.
Por tudo o que tem de demasiado pesado, óbvio, gráfico e gratuito.
Pela falta de "almodóvar" em Almodóvar: o filme não engrandece o argumento, atropela-o.
Salva-se a excelente interpretação de António Banderas, Elena Anaya e Marisa Paredes, a fotografia e a banda sonora, devolvendo o realizador ao seu humanismo bonito e avassalador, que penetra e extravasa como poucos a amplitude térmica da vida.
2 comentários:
América a quanto obrigas :)
Melancholia, vê!
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